Banhado ou Folheado? Entenda diferenças de semijoias
- Munrá Semijoias
- 28 Mai 24
Comprei uma joia ou semijoia. Ela é banhada a ouro? Ou é folheado prata? Veja como funciona.
O canal “Semi Joias Dicas”, no G1, é o lugar certo para tirarmos nossas dúvidas sobre joias, semijoias, suas diferenças e suas curiosidades. Banhado ou Folheado, por exemplo. Você sabe quais são as diferenças? Compro Folheado ou Banhado? Existem de prata e de ouro. E nós contamos os detalhes a seguir.
Semijoias banhadas com ouro
As semijoias podem ser banhadas com ouro, ródio ou qualquer outro metal precioso. Colares, brincos e pulseiras douradas. São produtos intensos e de boa duração, com metais preciosos. A douração consiste num processo no qual o metal base é imerso em uma solução de sais de ouro. E então ele é conectado a uma corrente elétrica. Próximo a este metal base, está imerso numa barra de ouro, que, por sua vez, é conectada a outro pólo de corrente elétrica para que possa ser transportado com ouro líquido. Ao final, conecta-se com o metal base.
Quanto mais tempo o produto fica imerso, maior será a espessura do ouro (cobre, prata, ródio, etc.), que nele fica armazenado. Sendo ideal para garantir uma boa qualidade nas semijoias camadas com espessuras mínimas de 5 milésimos.
Semijoias folheadas
Por outro lado, as semijoias folheadas passam por um processo de revestimento de folha ou metal. Esses dois termos significam a mesma coisa e se referem a um processo no qual uma folha fina de metal precioso é usada para fazer itens.
Tais processos, revestimento ou folheamento, envolvem a aplicação de uma fina camada de ouro ao metal a ser utilizado como base e, devido à forte compressão, essa camada é obrigada a aderir à base, sendo por isso também conhecida como chapeamento.
Explicação histórica para Banhado ou Folheado
Para se folhear uma peça, seja ela uma joia, relógio ou outro objeto, aplica-se sobre a peça uma fina camada de ouro ou prata, por exemplo, e então, com uma forte compressão essa folha irá aderir ao objeto.
Esse método foi muito utilizado durante o Período Barroco. É fácil encontrar em igrejas históricas imagens de santos, arabescos de sua arquitetura e, às vezes, altares inteiros todos folheados a ouro. A folheação, porém, é um processo muito restrito, já que exige objetos planos, chapas ou canetas para ser eficaz. Por esse motivo esse método tem sido deixado de lado nos últimos anos e dando espaço ao procedimento de banhar, por este ser mais fácil e eficiente.
O banhado a ouro é um processo completamente diferente do folheado, e é chamado assim porque literalmente se banha a joia. Consiste em mergulhar a peça em uma solução de ouro e liga-lo numa corrente elétrica, num processo chamado galvanoplastia. Pode ser utilizado em outros metais como prata, cromo e cobre (como é o caso das peças cromadas, prateadas, etc.) e o tempo de imersão depende de cada material para se conseguir uma boa fixação. A camada de ouro será mais ou menos espessa dependendo do tempo de mergulho.
Sendo assim, podemos concluir que as semijoias banhadas são as melhores opções disponíveis atualmente. O folheado está quase extinto devido à dificuldade de execução do seu processo. O banhado, além de ser mais fácil, tem maior eficiência e possui maior durabilidade e qualidade.
Fonte: G1
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